*** *** *** *** *** *** CURSO BÁSICO PROGRESSIVO *** *** *** *** *** ***
Obs.: Em razão dos inúmeros pedidos do material exposto no nosso albúm (no orkut), resolvemos disponibilizá-lo aqui no BLOG. Como o conteúdo é extenso, embora seja um resumão, iremos acrescentá-lo aos poucos, e, por vezes, complementá-lo com outras bibliografias de refêrência.
PSICOLOGIA
PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA CURSOS INTRODUTÓRIOS
AULA 01
INTRODUÇÃO
“A ‘psicologia’ (derivada das palavras gregas que significam ‘estudo da mente ou da alma’ é hoje em dia comumente definida como ciência que estuda o comportamento e os processos mentais. Os assuntos investigados pelos psicólogos incluem todos os que se acham listados no índice e mais alguns: o desenvolvimento, as bases fisiológicas do comportamento, a aprendizagem, a percepção, a consciência, a memória, o pensamento, a linguagem, a motivação, a emoção, a inteligência, a personalidade, o ajustamento, o comportamento anormal, o tratamento do comportamento anormal, o as influências sociais e o comportamento social. A psicologia é freqüentemente aplicada na indústria, na educação, na engenharia, em assuntos de consumo e em muitas outras áreas.”
DEFINIÇÃO: Estudo científico do comportamento e dos processos mentais e de como esses são afetados pelo estado físico e mental de um organismo e pelo ambiente externo.
OBJETIVOS: Descrever, compreender, prever e controlar (ou modificar) comportamentos ou processos mentais.
A PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA:
ESTUDOS DESCRITIVOS– Descrevem, mas não explicam.
a) Histórico de caso – Descrição de um indivíduo.
b) Observação:
- naturalista: meio natural;
- laboratorial: ambiente controlado pelo pesquisador.
c) Avaliações: questionários e entrevistas.
d) Testes
- Confiabilidade: usada para mensurar se as diferenças individuais nos resultados dos testes devem-se a diferenças reais nas características que estão sendo medidas, ou se são provocadas por erros eventuais flutuações.
- Validade: refere-se a amplitude com que um teste mede o que se propõe a medir. A validade de um teste deve ser estabelecida empiricamente – relacionando-se o teste a critérios particulares que ele afirma medir.
ESTUDOS CORRELATOS – Intensidade das relações entre variáveis, não demonstra causalidade.
EXPERIMENTO – O pesquisador controla a(s) variáveis para descobrir seu efeito sobre outras variáveis.
a) Variável independente: manipulada ou controlada pelo pesquisador.
b) Variável dependente: medida pelo pesquisador (dados).
c) Grupos experimentais e de controle: apenas os grupos experimentais expostos à variável independente, mantendo-se constantes as demais condições. Mudança na variável dependente causada pela variável independente, desde que tudo o mais permaneça constante.
d) Variável enganadora: um efeito observado que talvez se deva à intervenção de uma terceira variável entre as variáveis dependente e independente. A variável enganadora deve ser sistematicamente controlada ou, se possível, eliminada, caso contrário os resultados obtidos serão inválidos.
e) Variável inferida: uma variável não observável que é inferida como sendo a mediadora entre dois eventos observados. Por exemplo, inferir a experiência de “medo” com base em determinadas respostas de ansiedade fisiologicamente mensuráveis. Muitas vezes é difícil evitar as interpretações circulares ao se postular uma variável inferida.
f) Variável do sujeito: condição que faz parte da composição do sujeito e que não pode ser atribuída aleatoriamente (por exemplo: sexo, altura, cor do cabelo etc.). Por causa de sua não aleatoriedade, as conclusões causais não podem ser derivadas de experimentos com variáveis de sujeito.
g) Variável que não pertence ao sujeito: uma característica que não faz parte da composição do sujeito e, portanto, pode ser atribuída aleatoriamente (por exemplo: casos em que o sujeito tenha recebido uma determinada droga ou placebo).
Bibliografia:
DAVIDOFF, L. Introdução à Psicologia. São Paulo : McGraw-Hill do Brasil, 1983.
Resumão Psicologia (série Humanas – I). São Paulo: BF&A, 2005.
AULA 02
BASES BIOLÓGICAS DA PSICOLOGIA
ESTRUTURA DO SISTEMA NERVOSO
1. Central: cérebro e medula espinhal
2. Periférico: nervos sensoriais e motores que transmitem informações:
a) somático: controla os músculos esqueléticos;
b) autônomo: regula os órgãos internos e glândulas:
- Parasimpático: preserva energia;
- Simpático: consome energia.
COMUNICAÇÃO COM O SISTEMA NERVOSO
1. Neurônio: unidade básica do sistema nervoso. Conduzem impulsos de uma parte do corpo à outra.
a) Corpo celular: mantém vivo o neurônio;
b) Dendritos: recebem informações de outros neurônios;
c) Axônios: enviam informações para outros neurônios;
d) Mielina: isola o axônio para permitir que a informação seja transmitida mais depressa.
2. COMUNICAÇÕES ENTRE NEURÔNIOS:
a) Sinapses – conexão entre neurônios. A mensagem move-se através do axônio até a fenda sináptica na extremidade do axônio.
b) Vesículas sinápticas – abrem-se e liberam o neurotransmissor na fenda sináptica;
c) Neurotransmissor – Substância química secretada pelo neurônio.
Impulso nervoso - A entrada de íons sódio (Na+) causa despolarização, e a saída de íons potássio (K+) causa a repolarização.
CÉREBRO
1. Parte posterior: medula, ponte, sistema ativador reticular, cerebelo – responsável por comportamentos automáticos e reflexos.
2. Mesencéfalo: condutor de informações;
3. Parte frontal:
a) Tálamo: direciona as mensagens sensoriais;
b) Hipotálamo: impulsos de sobrevivência e de emoção;
c) Glândula pituitária: controla muitas outras glândulas endócrinas;
d) Córtex cerebral:- Lobo occipital: visão;
- Lobo parietal: informação sensorial;
- Lobo temporal: processa sons;
- Lobo frontal: movimentos motores.
4. Dois hemisférios cerebrais:
Cada um controla o lado oposto do corpo.
Bibliografia:
TORTORA, G. Corpo Humano: Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 4ª edição. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
Resumão Psicologia (série Humanas – I). São Paulo: BF&A, 2005.
AULA 03
SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO
SENSAÇÃO
Percepção de mudanças físicas.
Medindo a sensação
1. Limiar absoluto: detecção de sinal em 50% do tempo.
2. Limiar diferencial:
a) diferencial na sensação detectável em 50% do tempo;
b) lei de Weber: a mudança necessária para o limiar diferencial é uma proporção dos estímulos originais.
VISÃO
1. A luz entra através da córnea.
2. As lentes focalizam a luz na retina.
3. Na retina, a parte mais interna do globo ocular:
a) bastonetes: reagem à escuridão;
b) cones: reagem à cor;
c) fóvea: centro da retina; contem apenas cones, local onde a visão é apurada.
AUDIÇÃO
1. Ouvido externo: capta as ondas sonoras.
2. Ouvido médio: as ondas batem no tímpano, que as conduz para três pequenos ossículos que intensificam a força de suas vibrações. Esses pequenos ossos são conhecidos como: martelo, bigorna e estribo.
3. Ouvido interno: contém células receptoras (células ciliares), localizadas junto à cóclea, que dá início aos impulsos nervosos que rumam para o cérebro.
PALADAR
São quatro os sabores básicos: salgado, doce, amargo e ácido. Cada um está associado a receptores ou papilas gustativas específicas.
OLFATO
Receptores na membrana mucosa do canal nasal.
TATO
Sensibilidade ao toque (pressão), ao calor, ao frio e à dor.
PERCEPÇÃO
Organização e interpretação de sensações:
1. O mundo é percebido como sendo constante, embora as sensações posssam mudar;
2. Necessidades, crenças, emoções e expectativas: tudo influencia a percepção.
Bibliografia:
Resumão Psicologia (série Humanas – I). São Paulo: BF&A, 2005.
Wikipédia. http://pt.wikipedia.org/wiki/Ouvido_m%C3%A9dio. Acesso em 24/04/2010.
AULA 4
APRENDIZAGEM
Mudança de comportamento como resultado da experiência.
CONDICIONAMENTO CLÁSSICO
1. Estudos de Pavlov:
a) O estímulo incondicionado (alimento) gera uma resposta incondicionada (salivação);
b) Pareamento de um estímulo neutro (som) com um estímulo não-condicionado (alimento);
c) O estímulo neutro torna-se um estímulo condicionada (som), o qual elicia uma resposta condicionada (salivação).
2. Princípios do Condicionamento Clássico:
a) Extinção: quando o estímulo condicionado não é apresentado com o estímulo incondicionado, ele diminui;
b) Generalização do estímulo: estímulos similares podem gerar a mesma resposta que a do estímulo condicionado;
c) Discriminação do estímulo: respostas diferentes são dadas a estímulos que são semelhantes ao estímulo condicionado.
CONDICIONAMENTO OPERANTE
1. Reforço (recompensa): aumenta a probabilidade de resposta:
a) Reforço positivo: a resposta é seguida da apresentação do estímulo de reforço;
b) Reforço negativo: a resposta é seguida da remoção do estímulo desagradável.
2. Punição: o estímulo que se segue à resposta diminui a probabilidade da ocorrência da resposta.
3. Princípios do condicionamento operante:
a) Extinção: a resposta não é mais reforçada;
b) Generalização do estímulo: a resposta pode ocorrer com estímulos semelhantes;
c) Discriminação do estímulo: as respostas não ocorrem com estímulos diferentes;
d) Ritmo dos reforços: quanto mais rapidamente um reforço ou punição se seguem a uma ação, maior será seu efeito.
e) Esquema de reforço:
- reforço contínuo: uma resposta específica é sempre reforçada;
- reforço intermitente: reforça apenas algumas respostas;
- de razão fixa: o reforço ocorre depois de um número fixo de respostas; altos índices de resposta;
- de razão variável: o reforço ocorre depois de uma média de respostas muito alta e índice constante de respostas;
- de intervalo fixo: o reforço ocorre depois de uma quantidade de tempo fixo, curva padrão de resposta;
- de intervalo variável: o reforço ocorre depois de uma quantidade de tempo variável; índice de respostas baixo e constante;
- modelagem: reforça aproximações sucessivas em direção a resposta desejada;
- encadeamento: método de conectar respostas numa sequencia de comportamentos. No fim da cadeia deve haver sempre um reforçador. A cadeia é construída começando-se pelo fim, e trabalhando-se para trás. Todos os comportamentos devem ter sido previamente condicionados no repertório do organismo.
4) Modificação de comportamento cognitivo: aplicam-se os princípios da teoria da aprendizagem para alterar pensamentos indesejáveis, mais do que comportamentos apenas observáveis.
a) Teoria da aprendizagem social (A. Bandura): quatro processos influenciam o aprendizado:
- atenção;
- memória;
- comportamento;
- motivação.
b) Processos cognitivos específicos que são reconhecidos:
- atribuição;
- expectativa;
- lógicos;
- verbais;
- imagináveis.
c) Terapia racional-emotiva (Albert Ellis): considera que o núcleo básico do comportamento disfuncional se deve a crenças irracionais. A terapia é focada na alteração dessas crenças irracionais.
d) Terapia de resolução de problemas: centra-se no aumento da capacidade do paciente para tomar decisões e solucionar problemas em situações difíceis ou estressantes.
e) Intervenção paradoxal: os pacientes são instruídos a realizar intencionalmente os comportamentos sintomáticos indesejáveis sob comando, numa tentativa de demonstrar sua capacidade de conseguir controlar esses comportamentos.
f) Terapia da atribuição: procura facilitar a capacidade do paciente de dar outro significado a sentimentos e sintomas indesejáveis, transformando-os em algo menos ameaçador e mais aceitável.
Fonte:
Extraído do Resumão Psicologia (série Humanas – I). São Paulo: BF&A, 2005.
AULA 5/
LINGUAGEM, PENSAMENTO E INTELIGÊNCIA
LINGUAGEM
Sistema comandado por símbolos usados para representar e comunicar a informação.
1. Compreensão da linguagem:
a) Fonologia: conhecimento de sons;
b) Semântica: conhecimento do significado das palavras;
c) Sintaxe: conhecimento da estrutura gramatical:
- estrutura profunda: significado;
- estrutura superficial: organização das palavras;
d) Psicolingüística: estudo da capacidade de produzir e entender a linguagem.
2. Aquisição da linguagem:
a) Os códigos e estratégias são inatos:
- o ritmo básico e a sequencia do desenvolvimento da linguagem são similares por meio das culturas;
- as crianças aprendem os códigos de sua língua nativa (por exemplo, a generalização excessiva);
b) A aquisição das particularidades da linguagem baseia-se na experiência.
3. Linguagem e pensamento: a linguagem tem impacto sobre a facilidade com que processamos a informação.
PENSAMENTO
1. Utilização de conceitos: aplicação de experiências passadas e pensamentos presentes.
a) Conceito: grupamento mental de uma série de objetos ou fatos, com base em características comuns importantes.
b) Deve ser aprendido por meio de definições ou exemplos.
c) Os conceitos ajudam no prognóstico, na interpretação de fatos e na organização de experiências.
2. Resolução de problemas: conjunto de informações usadas para atingir um objetivo.
a) Estratégias:
- definir o problema;
- usar algoritmos (métodos sistemáticos que garantem a produção de uma solução); ou
- usar a heurística (regras que podem ou não produzir uma solução), (por exemplo, simplificação, raciocínio por analogia).
b) Insight: subida compreensão da solução.
INTELIGÊNCIA
Capacidade de adquirir e usar o conhecimento.
1. Medição da Inteligência:
a) Binet: testes de QI; idade mental (determinada por teste) dividida por idade cronológica = QI;
b) Wechsler: os testes incluem habilidades verbais, matemáticas e de pensamento não-verbal;
c) A média de resultado é 100; os resultados descrevem uma distribuição em forma de sino (curva normal);
d) QI (Quociente de Inteligência): é computado dividindo-se a “idade mental” de uma pessoa por sua “idade cronológica” e multiplicando-se por 100, resultando na seguinte fórmula: QI = (IM/IC) x 100.
2. Aplicação de testes de QI:
a) Como prognóstico do sucesso escolar;
b) Preocupa-se em minimizar o “viés cultural”.
3. Natureza da inteligência: uma ou várias capacidades?
4. Influência do meio ambiente:
a) Hereditariedade: estudos ao longo de mais de quarenta anos revelaram uma porcentagem entre 50 e 80% de componentes genéticos no QI; consequentemente, a conclusão geral parece ser a de que a hereditariedade tem efeito substancial na contagem do QI, sendo pelo menos metade da variação nos resultados do QI atribuída a diferenças genéticas;
b) A experiência determina um ponto dentro da variação genética.
5. Extremos da inteligência:
a) Intelectualmente prejudicada: QI abaixo de 70;
- de natureza biológica: síndrome de Down, síndrome do alcoolismo fetal;
- de causa psicossocial – doença, desnutrição, falta de estímulo intelectual;
Intelectualmente dotada – habilidades em um ou mais domínios intelectuais.
Fonte:
Resumão Psicologia (série Humanas – I). São Paulo: BF&A, 2005.
AULA 6
MEMÓRIA
Capacidade de reter e recuperar informações.
TEORIA DE PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO
1. Códigos – A informação precisa ser codificada para ser processada pelo cérebro:
a) Conservação: retenção da informação;
b) Recuperação: acesso à informação.
2. Sistema de memória:
a) Sensorial: cópia literal da informação; mantém-se por 1 ou 2 segundos;
b) De curto prazo:
- capacidade limitada (mais ou menos sete itens de informação);
- a informação se mantém por cerca de 30 segundos, sendo então esquecida, ou depois codificada e armazenada na memória de longo prazo;
c) De longo prazo:
- capacidade ilimitada;
Informação armazenada e recuperada por categoria.
3. Esquecimento:
a) Na memória sensorial: por declínio;
b) Na memória de curto prazo:
- capacidade limitada sujeita ao “preenchimento”;
- a informação pode ser retida por repetição:
* manutenção (rotina) de repetição;
* repetição elaborativa: associando-se informações novas e antigas.
c) Na memória de longo prazo:
- declínio: a informação enfraquece se não for usada;
- esquecimento:
* interferência (itens similares interferem);
* motivado (a memória é “encoberta”, consciente ou inconscientemente);
* dependente de pistas (é incapaz de obter acesso à informação);
* efeito Zeigarnik (as tarefas interrompidas ou incompletas parecem ser mais lembradas do que as tarefas terminadas);
* memória não-verbal (as imagens são mais lembradas do que as palavras; a memória motora parece ser inacessível ao declínio).
Fonte:
Extraído do Resumão Psicologia (série Humanas – I). São Paulo: BF&A, 2005.
AULA 7
PSICOLOGIA SOCIAL
PAPÉIS
Afirmação social regida por normas.
1. Normas: convenções a partir das quais vivemos.
2. A experiência da prisão de Stanford:
a) Estudantes foram designados para fazer o papel de “guarda” ou de “prisioneiros”;
b) O comportamento dos estudantes refletiu o papel para o qual tinham sido designados.
3. A experiência de obediência de Milgram:
a) Os participantes acreditavam qie estavam participando de uma experiência de aprendizadoç
b) O “professor” era instruído a dar um choque no “estudante” que desse a resposta errada;
c) A maioria dos “professores” cumpriu as ordens de administrar choques.
COGNIÇÃO SOCIAL
O ambiente social influencia pensamentos, percepções e crenças.
1. Atribuição: motivação para explicar o comportamento:
a) Situacional: causada pelo ambiente;
b) Disposicional: causada por algo no interior do indivíduo;
c) Erro de atribuição fundamental: superestima as causas disposicionais e subestima as causas situacionais;
d) Viés auto-referente: utiliza atribuições disposicionais para justificar bons comportamentos e atribuições situacionais para desculpar nossos próprios comportamentos.
2. Estereótipos: impressões básicas que ocorrem quando todos os membros de um grupo compartilham traços comuns.
3. Atitude: uma opinião relativamente duradoura que inclui tanto componentes cognitivos quanto emocionais.
a) Atitudes e comportamento influenciam-se mutuamente;
b) Dissonância cognitiva: quando atitude e comportamento entram em conflito, somos motivados a torná-los compatíveis.
4. Preconceito: atitudes negativas injustificadas em relação a um grupo.
CONFORMIDADE
Comportamento que ocorre como resultado de pressão, real ou imaginária, do grupo.
OBEDIÊNCIA
Seguimento às ordens de uma autoridade.
INDIVÍDUOS E GRUPOS
1. Pensamento grupal: tendência de todos os membros do grupo a pensar do mesmo modo e a eliminar discordâncias.
2. Polarização do grupo: tendência do grupo a tomar posições mais extremadas do que seus membros individualmente.
3. Responsabilidade:
a) Difusão de responsabilidade: esquiva;
b) Inatividade social: o indivíduo reduz a atividade para deixar que o grupo assuma a responsabilidade;
c) Apatia do espectador – não ocorrerá se alguém:
- perceber a necessidade de ajudar;
- decidir assumir a responsabilidade;
- avaliar o custo da ajuda;
- souber como ajudar.
AMOR (Sternberg)
1. Tem três componentes relacionados:
a) Intimidade;
b) Paixão;
c) Compromisso.
2. Dependendo da combinação desses elementos, produz diferentes dimensões num relacionamento:
a) Gostar – só intimidade;
b) Amor companheiro – intimidade e compromisso;
c) Amor vazio – só compromisso;
d) Encantamento – só paixão;
e) Amor romântico – intimidade e paixão;
f) Amor completo – intimidade, paixão e compromisso.
Fonte:
Extraído do Resumão Psicologia (série Humanas – I). São Paulo: BF&A, 2005.
AULA 8
DESENVOLVIMENTO
DEFINIÇÕES
1. Aprendizagem: influência da experiência (criação).
2. Maturação: desdobramento dos padrões biológicos (natureza).
3. Períodos críticos: períodos de desenvolvimento precoce, durante os quais as experiências iniciais específicas são essenciais.
4. Estágios: organização de comportamentos e pensamentos durante períodos iniciais de desenvolvimento, definidos por mudanças relativamente abruptas.
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
1. Piaget
a) Assimilação: adapta a nova informação ao que é conhecido;
b) Acomodação: altera crenças existentes em resposta ao novo conhecimento;
c) Estágios do desenvolvimento:
- sensório-motor (do nascimento aos 2 anos): permanência de objeto;
- pré-operatório (2 a 7 anos): a criança desenvolve o uso de símbolos e da linguagem; é egocêntrica; não apresenta os princípios da conservação;
- operações concretas (7 a 11 anos): a criança compreende a conservação e a identidade, com base em experiências concretas.
- operações formais (12 anos em diante): ocorre o desenvolvimento das operações de raciocínio abstrato.
2. Desenvolvimento da linguagem: sua aquisição depende da prontidão biológica e da experiência.
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
1. Apego: laço emocional entre o bebê e a mãe (experiência de Harlow com macacos).
2. Tipificação sexual: aprendizado do ser “masculino” ou “feminino”?
a) Identificação com o genitor do mesmo sexo;
b) Recompensas e punições pela exibição de comportamento sexual apropriado.
3. Estágios de Erickson:
a) confiança x desconfiança: 0 a 2 anos;
b) autonomia x dúvida e vergonha: 2 a 3 anos;
c) iniciativa x culpa: 3 a 6 anos;
d) produtividade x inferioridade: 6 a 11 anos.
DESENVOLVIMENTO MORAL
TEORIA DE KOHLBERG
1. Moralidade pré-convencional: obedece porque ordenado a fazê-lo, ou será punido;
2. Moralidade convencional: baseada na confiança. Lealdade e compreensão da ordem social;
3. Moralidade pós-convencional: as leis são circunstancias e podem ser mudadas.
DESENVOLVIMENTO CRONOLÓGICO
1. Recém-nascido:
a) Reflexos: comportamentos automáticos, apego, sugar, engolir, surpreender-se;
b) Visão: miopia, interesse em novidades;
c) Práticas sociais: sorrisos em resposta a rostos (com 4 a 6 semanas), “conversações” rítmicas.
2. Adolescência:
a) Desenvolvimento biológico: aumento de produção hormonal, amadurecimento dos órgãos sexuais, estirão do crescimento;
b) Desenvolvimento intelectual: raciocínio abstrato, independência, questionamento.
3. Amadurecimento:
a) teorias de transição: imprevisto, previsto, desapontamento, perturbação constante;
b) marcos importantes: independer-se, casar ou viver só, ter filhos, ninho vazio, crises da meia-idade, aposentadoria, viuvez.
Fonte:
Extraído do Resumão Psicologia (série Humanas – I). São Paulo: BF&A, 2005.
AULA 9
PERSONALIDADE
Padrões distintivos de comportamento, pensamento e emoções que caracterizam os padrões individuais de adaptação.
AS ORIGENS DA PERSONALIDADE
1. Influências biológicas e genéticas.
2. Experiência: cultural e única.
3. Estabilidade e mudança:
a) Características genéticas relativamente estáveis ao longo da vida;
b) Com a idade menor hostilidade, atividade e impulsividade;
c) A personalidade muda em função das experiências de vida.
FREUD
1. Personalidade: consiste em três partes:
a) Id: impulsos biológicos básicos; inconsciente;
b) Ego: gratifica os impulsos dentro dos limites aceitáveis; consciente;
É um termo empregado na filosofia e na psicologia para designar a pessoa humana como consciente de si e objeto do pensamento. Retomado por Sigmund Freud, esse termo designou, num primeiro momento, a sede da consciência. O ego (eu) foi então delimitado num sistema chamado primeira tópica, que abrangia o consciente, o pré-consciente e inconsciente.
A partir de 1920, o termo mudou de estatuto, sendo conceituado por Freud como uma instância psíquica, no contexto de uma segunda tópica que abrangia outras duas instâncias: o superego e o id. O ego tornou-se então, em grande parte, inconsciente.
c) Superego: valores e ideais da sociedade; consciente.
Classicamente, o superego é definido como herdeiro do complexo de Édipo; constitui-se por interiorização das exigências e das interdições parentais.
2. Desenvolvimento psicossexual:
a) Fase oral (0 a 1 ano) – sucção, alimentação etc;
b) Fase oral (2 a 3 anos) – defecação;
c) Fase fálica (3 a 5 anos) – atração sexual pelo genitor do sexo oposto produz o complexo de Édipo;
d) Período da latência (5 até a puberdade) – esquecimento dos sentimentos sexuais; criança se concentra no desenvolvimento de habilidades;
e) Estágio genital – relações sexuais adultas.
3. Ansiedade: medos injustificados resolvidos pelo ego por meio de mecanismos de defesa.
a) Repressão: exclusão ativa de impulsos inconscientes da consciência.
b) Projeção: atribuição dos nossos pensamentos e sensações a outros.
c) Formação reativa: os padrões de comportamento são opostos à produção de necessidade da nossa sociedade.
d) Deslocamento: redirecionamento da ansiedade produtora de comportamentos para um alvo mais aceitável.
e) Racionalização: substitui as “boas” razões por razões reais, no comportamento.
4. Mecanismos de defesa
a) Negação: recusa em reconhecer uma fonte externa de ansiedade.
b) Fantasia: utilização da imaginação para satisfazer desejos que são, na realidade, altamente improváveis.
c) Intelectualização: repressão do componente emocional de um acontecimento que provoca ansiedade. O evento é tratado de maneira puramente analítica.
d) Regressão: lançar mão de comportamentos infantis como método de evitar a ansiedade e/ou responsabilidade.
e) Identificação: identificação com o estímulo produtor de ansiedade, na tentativa de reduzir a própria ansiedade (o oposto da projeção).
f) Supercompensação: tentativa de esconder deficiências percebidas em uma área pelo desempenho superior em outra.
g) Sublimação: redirecionamento de impulsos agressivos ou sexuais numa direção socialmente aceitável.
TEORIAS HUMANISTAS
As pessoas são racionais, capazes de escolha e desejo para atingir o crescimento individual.
1. Carl Rogers: o autoconceito direciona o comportamento; conflitos entre o eu real e o eu ideal.
2. Abraham Maslow: o indivíduo direciona-se para autorealização.
PSICODINÂMICA EXISTENCIAL
YALOM: O impulso primário do indivíduo é extrair significado das complexidades de suas experiências de vida, compreender uma estrutura, argumento ou justificação dos eventos que vivenciou. Se isso falhar, a vida parecerá absurda e sem sentido, levando ao desespero, à depressão e a crises existenciais. A principal preocupação dessa abordagem psicoterapêutica seria o enfrentamento de questões como a morte, aliberdade, o isolamento existencial e a falta de sentido.
TEORIA SOCIAL COGNITIVA
Como e sob que circunstâncias ocorre o aprendizado dos pensamentos e comportamentos.
CONSISTÊNCIA NA PERSONALIDADE
1. Traço: qualidade ou característica relativamente duradoura.
2. Transituacional: mais central ao autoconhecimento.
AVALIAÇÃO DA PERSONALIDADE
1. Os métodos de avaliação devem ser:
a) Confiáveis – mesmos resultados com o passar do tempo;
b) Válidos – medem o que deve ser medido.
2. Entrevista:
a) Vantagem – adaptada às respostas dadas anteriormente pelo indivíduo;
b) Desvantagem: baixa confiabilidade.
3. Observação:
a) Momentos em que um comportamento específico ocorre;
b) Boa confiabilidade.
4. Autodescrição:
a) MMPI, a sigla em inglês para o Inventário Multifásico de Personalidade de Minnesota, que serve para diagnosticar desordens psicológicas;
b) Dez escalas primárias medem as dimensões da personalidade.
5. Técnicas projetivas – O indivíduo faz uma interpretação com base no material ambíguo:
a) As pranchas de Rorschach;
b) Teste de Apercepção Temática ou TAT;
c) Preocupação com a confiabilidade e validade, pois as interpretações são subjetivas.
Fontes:
Resumão Psicologia (série Humanas – I). São Paulo: BF&A, 2005.
LAPLANCHE & PONTALIS. Vocabulário de Psicanálise. São Paulo: Martins Fontes.
http://fundamentosfreud.vilabol.uol.com.br/segundatopica.html
AULA 10
MOTIVAÇÃO E EMOÇÃO
MOTIVAÇÃO
Necessidade ou desejo de agir de determinada maneira para atingir um objetivo.
1. Diversidade de motivos:
a) Fisiológico: fome, sede, esquiva à dor;
b) Social: aprendido;
2. Sistema motivacional: conjunto de motivos e comportamentos que agem em uma área específica da vida:
a) Fome e alimento:
- sinais de fome: contrações estomacais, hipotálamo, ambiente;
- preferências alimentares: origens culturais, pessoais e biológicas;
b) motivação sexual: hormônios;
c) trabalho:
- motivação extrínseca: trabalhar por recompensa externa;
- motivação intrínseca: trabalhar por prazer ou pela atividade em si.
3. Hierarquia das necessidades de Maslow:
Dentro de uma hierarquia, as necessidades de cada nível devem ser satisfeitas antes de passar para o nível seguinte.
Hierarquia das necessidades, segundo Maslow:
- necessidades fisiológicas: alimento, água, sexo e abrigo;
- necessidades de proteção: segurança, estabilidade;
- necessidades de pertença e de amor: aceitação e amizade;
- necessidade de estima: auto-estima e estima dos outros;
- necessidade de auto-realização: percebe-se como uma pessoa criativa, produtiva.
EMOÇÃO
1. Definição dos aspectos as emoção: adapta a nova informação ao que é conhecido.
2. Inata: pessoas com diferentes experiências culturais podem identificar emoções.
3. Teoria de James-Lange: a emoção é resultado da percepção de mudanças físicas e de comportamentos.
4. Teoria de Cannon-Bard: a emoção é resultado da percepção de um estímulo que provoca tanto mudanças fisiológicas quanto sensações subjetivas.
5. Teoria da rotulação cognitiva: a emoção é resultado da interpretação das causas da excitação fisiológica.
6. Hipótese frustração-agressão: a agressão resulta do bloqueio das tentativas de alcançar a meta.
Fonte:
Resumão Psicologia (série Humanas – I). São Paulo: BF&A, 2005.
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